Quem sou eu

Minha foto
Lajeado, RS, Brazil
Oi queridos, sintam-se a vontade para comentar assuntos variados sem preconceitos ou falsos moralismos. Este espaço além de me mostrar nua e crua, também quero que além de um blog exitante pode ser também cultural...beijos e comentem o que acharam!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Achei lindo demais este poema

Bem Pessoal achei lindo este poema e resolvi posta-lo...quem gostar gostou!

Nômade

A minha casa está onde está o meu coração
Ele muda, minha casa não
No campo, em minas, terras gerais ou qualquer lugar
Onde estou, a minha casa está

Meu endereço é o sítio estrelado de norte a sul
Ele muda a cada estação
Na boca do sertão, na varanda do seu olhar
Onde estou, a minha casa está

A minha carne é feita de tudo que vai e vem
Tempo, nuvem, aflição também
Encontro e perda ao mesmo tempo, eu não vou parar
Onde estou, a minha casa está

Porque que eu sou apenas movimento
Sou do mundo, sou do vento
Nômade

Porque quando paro sou ninguém
Não declaro onde ou quem
Nômade

Porque eu sou apenas movimento
Sou do mundo, sou do vento
Nômade

Porque quando passo sou alguém
Sou do espaço, sou do bem
Nômade

[Samuel Rosa – Chico Amaral]

Para Começar Bem o Dia...

Amar
(Carlos Drummond de Andrade) 
Que pode uma criatura senão,
senão entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.



tags

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Para Refletir

Olhe Aqui, Mr. Buster
Composição: Vinicius de Moraes
Olhe aqui, Mr. Buster: está muito certo
Que o Sr. tenha um apartamento em Park Avenue e uma casa em Beverly Hills.
Está muito certo que em seu apartamento de Park Avenue
O Sr. tenha um caco de friso do Partenon, e no quintal de sua casa em Hollywood
Um poço de petróleo trabalhando de dia para lhe dar dinheiro e de noite para lhe dar insônia
Está muito certo que em ambas as residências
O Sr. tenha geladeiras gigantescas capazes de conservar o seu preconceito racial
Por muitos anos a vir, e vacuum-cleaners com mais chupo
Que um beijo de Marilyn Monroe, e máquinas de lavar
Capazes de apagar a mancha de seu desgosto de ter posto tanto dinheiro em vão na guerra da
Coréia.
 
Está certo que em sua mesa as torradas saltem nervosamente de torradeiras automáticas
E suas portas se abram com célula fotelétrica. Está muito certo
Que o Sr. tenha cinema em casa para os meninos verem filmes de mocinho
Isto sem falar nos quatro aparelhos de televisão e na fabulosa hi-fi
Com alto-falantes espalhados por todos os andares, inclusive nos banheiros.
Está muito certo que a Sra. Buster seja citada uma vez por mês por Elsa Maxwell
E tenha dois psiquiatras: um em Nova York, outro em Los Angeles, para as duas "estações" do
 
ano.
Está tudo muito certo, Mr. Buster – o Sr. ainda acabará governador do seu estado
E sem dúvida presidente de muitas companhias de petróleo, aço e consciências enlatadas.
Mas me diga uma coisa, Mr. Buster
Me diga sinceramente uma coisa, Mr. Buster:
O Sr. sabe lá o que é um choro de Pixinguinha?
O Sr. sabe lá o que é ter uma jabuticabeira no quintal?
O Sr. sabe lá o que é torcer pelo Botafogo?

tags

Dieta do Cartão

Chega um dia na vida de uma mulher em que ela pára na frente do espelho, olha o jeans novo, a blusa nova, o sapato novo, o colar novo e vê que não dá mais. Definitivamente, não dá mais para comprar tanto.

É o que aconteceu com Marina. Ela está linda. Já o seu cartão de crédito ficou estufado, inchado, roliço, quase explodindo. A fatura vai vir com papadas de papel. Talvez até o carteiro se negue a entregar por excesso de peso.

Marina sofre. Ela sabe que precisa tomar uma atitude drástica: cortar vitrines e tirar do seu cardápio os creminhos, batons, brincos e bolsas consumidos sem motivo aparente. Melhor nem esperar a segunda-feira para começar a Dieta do Cartão. De agora em diante, só uma folhinha de cheque por semana e um magro dinheirinho na carteira para as necessidades vitais. Marina andava assinando seu nome sem sentir o gosto das compras, já salivando pelo próximo vestido. Agora vai ter que se reeducar. E aprender a contar moedinhas como quem conta calorias.

Para quem cresceu fazendo dieta, é mais fácil mudar hábitos econômicos usando a experiência adquirida. Marina vai sofrer nos primeiros meses, vai ter que recusar convites para ir no shopping, vai ter crises de abstinência só de pensar em vitrines e certamente vai assaltar um balaio de ofertas no meio da noite. Depois vai se sentir melhor. E assim que os resultados começarem a aparecer, ela vai poder soltar o cinto e ver que ele não está tão fora de moda assim.

Se uma mulher consegue sobreviver sem carboidratos, tudo é possível. Marina já passou meses longe de pão e quase virou uma proteína de salto alto. Já fez a Dieta do Abacaxi, a Dieta de Beverly Hills, a Dieta das Cores, a Dieta da Ophra. Mas sua preferida sempre foi a Dieta dos Números: dois pares de sapato em três vezes, oito regatas na liquidação, cinco lingeries em uma mais duas, um par de brincos novo uma vez por semana.

Na Dieta do Cartão, o jeito é fechar a carteira e se deliciar com as compras dos outros. Sim, é permitido curtir as últimas aquisições da melhor amiga desde que não se caia em tentação. Marina, você consegue. Só não experimente nada.
Outro segredo de qualquer dieta é o exercício. Deu vontade de comprar? Então mexa-se. Marina abre gavetas e portas, empurra para lá e para cá os cabides, cruza e descruza os braços tentando achar algo seminovo, sobe em um banco para alcançar o que tem esquecido na parte de cima do armário. Customizar peças que não se usa faz tempo é um grande truque para acalmar os impulsos consumistas.

Com o passar dos dias, Marina vai descobrir que os armários dilatam como os estômagos. Se ela parar de colocar coisas novas dentro, ele volta ao tamanho normal e ela não vai sentir tanta fome de compra.

Pendurar o extrato do cartão na porta do armário também é uma dica excelente. Se o valor do extrato for bem polpudo e repugnante, vai ter o mesmo impacto de colocar uma foto gorda da Marina na porta da geladeira. Isso se ela fosse gorda, mas não. Tem um corpinho lindo e tudo que veste fica bonito. O que é uma bela desculpa para comprar o que vê pela frente.

E não é que a crise de abstinência veio mais cedo que o esperado? Nesse momento Marina treme só de se imaginar chegando em casa cheia de sacolas. Nos seus devaneios mentais, vira tudo em cima da cama e fica ali saboreando cada peça nova. Suas mãos suam frio ao lembrar do delicioso ato de tirar as etiquetas de preço - ela pode até ouvir o barulhinho do tag de plástico arrebentando e libertando a saia do R$ 59,90.

Pobre Marina, que saliva pensando numa meia nova. A embalagem de plástico que abre tão convidativa, a tesourinha para cortar aquele ponto de linha que une os dois pés da meia, mais uma etiqueta de preço para arrebentar. Hummm... Marina comeria um código de barras inteirinho agora.

É só dar tempo ao tempo. Ela vai conseguir perder uns quilinhos de contas e se sentir mais leve. É só ter persistência e disciplina. A Dieta do Cartão funciona até para a mulher mais consumista. Marina, onde você vai? Não, não! Volte aqui, Marina. Você recém tomou café da manhã. O shopping nem abriu ainda! 

domingo, 18 de julho de 2010

Dicas para um domingo de inverno chuvoso...

mmm...primeiro sexo..

.

depois, bolinhos de chuva...


uma boa música...


por último, mais sexo!